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INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL

     “Por esta razão, nós também, desde o dia em
que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do
conhecimento da sua vontade [de Deus], em toda a sabedoria e inteligência
espiritual
”. (Colossenses 1:9)
Quando se fala em inteligência, logo nos
vêm à mente pessoas que possuem muita facilidade para aprender ou ensinar,
expressar opiniões com clareza e profundidade sobre determinado assunto ou se
sair bem em algum empreendimento. É comum ouvirmos comentários semelhantes a
este: “Fulano é muito inteligente”.
Se olharmos para o passado, veremos
inúmeras pessoas que deram uma imensa contribuição para a humanidade. Isso se
aplica à Arte, Ciência, Religião,
Educação, Política e em todas as demais áreas do conhecimento humano.
Caso voltemos nossos olhos para o presente,
também encontraremos, em todas as áreas, pessoas que estão deixando sua marca
na História. Portanto, são indivíduos inteligentes.
Até poucas décadas atrás, só se falava
sobre o Q.I. (Quociente de Inteligência). Entretanto, com o avanço das
Ciências, foram descobertas ou identificadas inteligências específicas, tais
como: lógicomatemática, lingüística, musical, motora, artística, emocional,
espiritual, moral, social e outras.
Para quem lê a Bíblia com humildade e sob
a orientação do Espírito Santo (I Co 2:9 ao 16), esse assunto não é nenhuma
novidade, pois Deus, em sua infinita sabedoria, dotou os seres humanos com as
mais diversas inteligências, a fim de que pudessem ter todas as suas
necessidades satisfeitas e também permitir que o nome Dele fosse glorificado.
Afinal, fomos feitos à sua imagem, conforme a sua semelhança (Gn 1:26). Logo,
se Ele é um ser dotado de todas as inteligências, nós também recebemos uma
porção de cada uma delas.   Mas quero me ater aqui à espiritual, à luz das
Escrituras Sagradas.
Então, como se pode identificar que alguém
possui esse tipo de inteligência?
Há algumas características que norteiam a
vida da pessoa que a tem. Na Bíblia, temos inúmeros exemplos, no entanto
tomarei como referência Daniel.
Só para nos inteirarmos melhor, recordemos
brevemente a história dele: havia sido levado cativo junto com o povo de Israel
para a Babilônia. Lá, Nabucodonosor, o rei, ordenou que fossem escolhidos
jovens de famílias nobres para serem ensinados em todas as ciências e na língua
dos caldeus, a fim de que pudessem se assentar à mesa com ele. Dentre os
escolhidos, estavam Daniel (que tinha entre 15 e 17 anos, nessa ocasião),
Misael, Ananias e Azarias (Dn 1º).
Então vamos a algumas dessas
características:
  • Vê o que os outros não vêem.
Os demais jovens, pelo que entendemos nessa
história, não viram nenhum mal em comer da comida e beber da bebida do rei. Ao
contrário, provavelmente, devem ter se sentido orgulhosos pelo privilégio de
estar entre os selecionados. Enquanto o povo estava vivendo como escravo e, por
certo, se alimentando muito mal, eles teriam do bom e do melhor. Sem contar que
não precisariam trabalhar no pesado. Só estudar! Oh, que vida boa! Deviam se
sentir realmente muito orgulhosos, os “caras”. Deviam se sentir melhores que os
outros e, assim, com o direito de menosprezá-los.
Daniel, porém, viu que a mesa de Nabucodonosor sem
dúvida era farta, agradável aos olhos, olfato e paladar e, por conseguinte,
assaz convidativa. Entretanto, era oferecida aos ídolos babilônicos e continha
coisas proibidas por Deus. Logo, eram oferecidas aos demônios, como dizem as
Escrituras (I Co 10:20,21) e trariam prejuízos à sua fé e comunhão com o Senhor,
como aprendera com seus pais, profetas e sacerdotes. Sendo assim, decidiu
permutar todas aquelas delícias – os manjares do rei – por apenas água e
legumes.
  • Entende o que os demais não entendem.
Ele era um adolescente de aproximadamente 17 anos.
Mesmo assim, compreendeu que, embora estivesse entre os escolhidos para estarem
diante do rei e receber a melhor Educação e tratamento, se não fosse
selecionado para estar diante do Rei dos reis e Senhor dos senhores, de
nada  valeria. Entendeu que o “status”, as
mulheres, os amigos e todos os privilégios e regalias resultantes da sua
posição não se comparavam àquilo que a presença de Deus em sua vida e todas as
demais bênçãos advindas disso lhe traziam de significado  e satisfação e comunhão. Compreendeu que mesmo
distante de seus pais, líderes espirituais e de sua terra, ele deveria manter
sua integridade espiritual, pois Deus estava ali com ele.
E assim, quem pode dizer então que adolescentes ou
jovens não conseguem ser responsáveis, íntegros, ou discernir e escolher entre
o bem e o mal?
  • Pensa o que os outros não pensam.
Certamente, os demais jovens pensaram apenas nas
vantagens imediatas que poderiam tirar
daquela situação. Para entender melhor, basta imaginar como se sentiriam
jovens que fossem escolhidos pelo Presidente para receber do bom e do melhor em
todas as áreas e ainda sentar-se à mesa dele para comer e beber do que fosse
servido ao “chefe”. E a fama? E as vantagens financeiras? E os “flashes”? E as
mulheres a seus pés?
Entretanto, para ele as vantagens do momento
resultariam em prejuízos eternos. Portanto, pensou que não deveria se vender e
se render à soberba dos olhos e à soberba da vida e às paixões carnais (I Jo
2:16). Assim, legumes e água de Deus valiam mais que acepipes (iguarias) do
rei.
  • Fala o que os demais não falam.
Daniel não ficou apenas no campo do pensamento. Ele
verbalizou o que havia pensado. Expôs sua decisão e seu plano aos outros
hebreus, que aceitaram de imediato a proposta, porque entenderam que Deus
estava naquele negócio.
Obviamente, aquilo parecia uma loucura, já que não
fazia muito sentido à razão humana e ainda poderia colocar a vida dele e a dos
demais em risco. Ainda assim, externou seu pensamento. Tenho por certo que ele
estava cônscio de que seu plano se alinhava à vontade do Senhor ou se originara
Nele.
  • Faz o que os outros não fazem.
Mesmo diante dos olhares incrédulos e certamente
sarcásticos dos outros jovens que passariam por aquela “dieta real”, Daniel
decidiu colocar seu plano em prática. E assim o fez.
Suponho que quando os demais souberam de seu
“fantástico” plano riram à beça. Quem sabe, rolaram pelo chão de tanto rir.
Debocharam. Humilharam-no. Chamaram-no de louco. De estúpido.
Além disso, devem ter pensado que os hebreus haviam
assinado sua própria sentença de morte, pois jamais atingiriam os objetivos
traçados pelo rei e, portanto, em hipótese alguma estariam aptos a se sentarem
à mesa juntos com Nabucodonosor. Devem ter suposto e se convencido de que eles,
quando postos à prova, dariam de dez a zero nos hebreus idiotas.
No entanto, mal sabiam eles que estavam prestes a
ver algo incrível; um verdadeiro milagre. Já no primeiro período de observação,
o eunuco viu a diferença para melhor entre eles e os outros. E essa diferença
foi aumentando positivamente a cada vez que eram submetidos a uma avaliação.
Estava, pois, ocorrendo exatamente o oposto do que os demais jovens supunham e
esperavam.
Quando terminou o período estabelecido e foram
postos perante Nabucodonosor, os hebreus estavam mais gordos e dez vezes mais
sábios em tudo aquilo em que o rei os questionou. Dez vezes! Aleluia! Deus os
honrara com uma capacitação sobrenatural que, indubitavelmente, deixou a todos
boquiabertos.
Quanto a Daniel, o Senhor, além de lhe dar uma
sabedoria dez vezes maior que aos jovens de outros povos e nações, presenteou-o
com um espírito excelente (Dn 5:6;6:3), que o capacitou a tornar-se sobremodo
influente no governo de Nabucodonosor e chefe dos governadores das províncias
do Império babilônico.
E mais: quando seus opositores invejosos quiseram
acabar com sua vida, ele teve discernimento dado por Deus para saber que
aqueles homens estavam sendo usados pelo maligno para humilhá-lo, destrui-lo e,
consequentemente, atingir o povo de Israel, a menina dos olhos de Deus.
Exatamente por esse motivo, manteve sua vida de
comunhão com o Pai. Como de costume, continuou a orar três vezes ao dia. Assim,
como o resultado dessa postura, o Senhor usou o próprio rei para ser
intercessor dele e livrou Daniel de forma inexplicavelmente fantástica fechando
a boca dos leões que, somente  naquela
noite, tornaram-se vegetarianos ou decidiram fazer um jejum parcial (De carne!!!).
Então, aquilo que parecia ser seu fim, serviu para
fortalecê-lo ainda mais diante de Nabucodonosor e do Senhor, pois o rei reconheceu
que o “Deus de Daniel era o único e verdadeiro” e ordenou que todos em seu
reino adorassem ao Senhor. Sem contar que como conseqüência disso o povo judeu
também foi beneficiado. Se não passou a ser respeitado, passou a ser temido por
ter a proteção do rei (Dn 6).
Vale lembrar também que Daniel manteve influência
positiva durante o governo de dois sucessores de Nabucodonosor.
Para que fique mais fácil de entender a diferença
entre quem tem inteligência espiritual e aquele que não a possui, basta pensar
nas seguintes pessoas:
  • A mulher de Ló: disse para seu marido amaldiçoar Deus e morrer (Jó 2:9).
  • Esaú: trocou sua
    primogenitura, que lhe dava o direito a uma herança muito maior que os demais
    irmãos, por um prato de comida e ainda disse: “De que me adianta ter a
    primogenitura, se estou morrendo de fome?”(Gn 25:31 ao 34).
  • Judas Iscariotes: não
    conseguiu ver ou entender que Jesus era de fato o Cristo; por isso, o traiu por
    apenas trinta moedas. E Mais: quando percebeu a bobagem que fizera, em vez de
    correr para os pés do Mestre e pedir-lhe perdão, fugiu de Jesus e se enforcou
    (Mt 27:5).

muitos outros que serviriam de exemplo para entendermos a diferença entre o que
tem e quem não possui essa inteligência. Contudo, tenho por certo que esses são
mais do que suficientes para que possamos entender e almejá-la.
Diante de tudo isso que, na realidade, é apenas uma
partícula desse tão rico e delicioso tema, podemos concluir que como Paulo orou
pelos cristãos de Colossos pedindo que Deus lhes concedesse inteligência
espiritual também podemos e precisamos orar por nós mesmos e por todos os
nossos irmãos em Cristo rogando ao Pai que nos dê dessa inteligência, a fim de
que possamos viver sábia e vitoriosamente neste mundo, ser verdadeiros filhos
amados em quem ele se compraz e agir como autênticos embaixadores dele aqui na
terra.
Ter inteligência espiritual é ter a mente de Cristo
(I Co 2:16b). Ter a mente de Cristo é ter uma mente guiada pelo Espírito Santo.
É ter o Espírito Santo como Mestre, Mentor, Conselheiro. Logo, se queremos
viver vitoriosamente, temos que almejar e buscar de todo o nosso coração isto:
ter a mente de Cristo.
Proceder desse modo é fundamental e urgente, pois,
do contrário, corremos o risco de ser ou nos tornar homens e mulheres que são
extremamente inteligentes para as coisas terrenas e seculares, como existem
tantos, mas que demonstram não ter nem um pinguinho de inteligência espiritual.
Muitos destes nem mesmo crêem que Deus existe. Como resultado disso, estão
marchando a passos largos para o inferno. Que o Senhor em sua infinita
misericórdia não permita que você e eu sejamos pessoas sem essa capacitação.
PODEMOS MINISTRAR ESTE ASSUNTO POR COMPLETO
PB. MARCUS VINICIUS
(12)8840-4599
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