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OS MISTÉRIOS DO APOCALIPSE - 1

 
Os Mistérios do Apocalipse (em capítulos - 1) 



 Se o Senhor nos permitir, estaremos apresentando um estudo completo sobre o livro de Apocalipse, que dividimos em 33 capítulos, ao molde de um seriado bíblico.

Apocalipse 1

“1 Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João;
2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu.
3 Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça a vós e paz da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;
5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados,
6 e nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém.
7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
8 Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.
9 Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10 Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.
12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete candeeiros de ouro,
13 e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto de ouro;
14 e a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve; e os seus olhos como chama de fogo;
15 e os seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas.
16 Tinha ele na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes; e o seu rosto era como o sol, quando resplandece na sua força.
17 Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último.
18 Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno.
19 Escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder.
“20 Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas."

Em muitos sentidos se aplica e se cumpre a bênção prometida no terceiro versículo deste capítulo:
“Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo."

Primeiro e antes de tudo, porque aponta para a vitória certa e segura do reino de Cristo sobre o império das trevas que opera presentemente no mundo.
Segundo, porque é um alerta para as igrejas quanto às muitas tentações e apostasias a que estarão expostas, especialmente no tempo do fim. Assim, isto serve para que os crentes atendam à convocação ao arrependimento e a se ouvir o que o Espírito está dizendo às igrejas, bem como a se disporem a serem diligentes e a perseverarem nas tribulações e provações que terão que enfrentar enquanto aguardam o triunfo final de Cristo.
Além destes, há inúmeros fatores que demonstram que, de fato, são bem-aventurados todos os que lêem e ouvem a profecia desta Revelação (tradução da palavra grega Apocalipse, usada logo no início do primeiro versículo deste livro) e que guardam as coisas que estão nela escritas.
Se lermos, portanto, este livro profético, procurando conhecer em minúcias a quais épocas e personagens se aplicam cada uma das realidades nele apresentadas em linguagem simbólica, erraremos certamente o objetivo para o qual foi escrito, que foi o de fortalecer a nossa fé e confiança, nos dias difíceis do tempo do fim, e a firmamos um testemunho de vida cada vez mais firme na fé em Jesus.
 A extensa saudação inicial dos versos 4 a 6 é na verdade, uma grande afirmação do sacerdócio, do reinado, da redenção, da fidelidade, da essência e do testemunho eterno de Jesus Cristo.
Aquele “que é, que era e que há de vir” é um dos modos de se referir ao Salvador e Senhor eterno, do qual somente por meio dEle é possível ser redimido do pecado e ser adotado como filho de Deus.
Nunca é demais lembrar que isto foi revelado por Deus desde Adão, quando disse a Eva que seria dela que descenderia no futuro Aquele que esmagaria a cabeça da serpente e do qual foi prometido a Abraão que nEste seu descendente seriam benditas todas as nações da terra. 
O próprio Abraão foi justificado pela fé nEle. O modo de Deus salvar sempre foi pela fé no Seu Filho Jesus Cristo e no Seu sacrifício por nós, prefigurado nos sacrifícios de animais oferecidos por Adão, Abel, Abraão, e pelo povo de Israel, que lhes foram exigidos por Deus na Antiga Dispensação, para servirem de figura dAquele único e Grande Sacrifício pelo qual somos redimidos, perdoados e reconciliados com Deus. 
Então, é afirmado no verso 6 que é por Cristo, e pelo Seu sangue, que somos feitos reino e sacerdotes para Deus Pai, porque toda a nossa aceitação por Deus é decorrente de termos a Cristo por causa da fé n`Ele.
Tudo o que temos e somos procede dEle; é por meio dEle, de modo que se afirma no verso primeiro deste livro que a revelação que está sendo feita nele foi dada pelo Pai ao Filho, para ser mostrada aos seus servos, porque somente Jesus é o único Mediador e Fiduciário da aliança que foi feita entre Deus e o Seu povo. 
Ele não é somente o autor da salvação e da fé, como também o Seu consumador. Isto implica que é Ele que começa a nossa salvação; é Ele mesmo que a confirma, aperfeiçoa e completa.  
Como veremos, especialmente nos capítulos segundo e terceiro deste livro, esta fé deve ser expressa num viver condigno com a condição de filhos de Deus, que foi alcançada por meio da união com Cristo.
Ele é quem faz Sua obra avançar e que triunfa sobre os poderes das trevas, mas é exigido dos seus servos que se consagrem a Ele, para que possam ser os canais por meio dos quais fará a Sua obra avançar no mundo.
Esta consagração inclui arrependimento, amor, oração, serviço, fidelidade, santidade e tudo o mais que nos é ordenado por Deus em Sua Palavra; especialmente obediência à Palavra e vida de oração, porque é por meio de ambas que se pode ter comunhão com Deus, conhecimento da Sua vontade e poder para poder realizá-la.
De modo que nenhuma obra de Deus prevalecerá onde não houver cobertura de oração para a pregação da Palavra no poder do Espírito.
Esta é a fé que vence o mundo. Uma fé que se manifesta vencedora sobre as tentações, o diabo, a carne e o mundo, e que se aplica às obras de justiça segundo o Evangelho.  

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