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OS MISTÉRIOS DO APOCALIPSE -2

Os Mistérios do Apocalipse - 2 


Capítulo 2
extraída do google

O livro de Apocalipse revela em quão grande batalha espiritual estão envolvidas as igrejas, especialmente as que estiverem presentes no mundo no tempo do fim, para que possam vigiar e se empenharem em viver em santificação diante de Deus, para que todos os inimigos que se levantam contra Cristo, contra a Sua obra e os crentes possam ser vencidos, porque somente aos vencedores são feitas promessas de reinarem juntamente com Cristo.
É importante frisar que a revelação dada a João neste livro é destinada às sete igrejas que estão na Ásia, conforme referido no verso 4, as quais são especificadas no verso 11, e detalhadas nos capítulos segundo e terceiro.
Todavia, é óbvio que ao ter falado àquelas sete igrejas que existiam na Ásia Menor nos dias de João, o Senhor não estava limitando a mensagem do livro às mesmas, porque as coisas que nele são referidas, especialmente a partir do quarto capítulo dizem respeito ao período da Grande Tribulação, sob o Anticristo, que antecederá a Segunda Vinda de Jesus.     
Assim, aquelas sete igrejas são representativas de todas as igrejas da história cristã, mais particularmente, das igrejas do tempo do fim.
Nós veremos que há uma constante chamada ao arrependimento às igrejas que estão mortas, mornas, afastadas, que abandonaram seu primeiro amor, que estão tolerando mundanismo e heresias. Disto, concluímos que o livro tem o propósito de mostrar às igrejas de todas as épocas, especialmente às do tempo do fim, a necessidade de vigilância e de um constante arrependimento.  
Das coisas que são reveladas no livro, se diz que são as coisas que em breve devem acontecer (v. 1) e que o tempo deste acontecimento está próximo (v. 3).
A Dispensação do Evangelho é a última dispensação até a consumação de todas as coisas. É a dispensação dos dias difíceis nos quais opera o mistério da iniqüidade (II Tes 2.7). A perseguição à igreja e a multiplicação da iniqüidade se intensificará quanto mais se aproxima o tempo do fim. Então, do ponto de vista de Deus tudo está praticamente consumado desde que Jesus morreu, ressuscitou e subiu ao céu, inaugurando uma Nova Aliança e dispensação, com o derramar do Espírito; porque desde então, foi precipitada a contagem regressiva para a manifestação do Seu reino e de todas as coisas que são relativas a Ele, o qual está sendo implantado nesta presente dispensação e que será consumada com o retorno de Cristo.    
Todavia, esta glória será seguida por sofrimentos da Igreja, assim como Cristo padeceu antes de entrar na Sua glória.
Por isso, João destaca seu próprio exemplo de companheirismo com os demais crentes na aflição que sofriam neste mundo, mas também no reino de Deus, e na perseverança, que se encontrava deportado e preso na Ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus (v. 4).
No entanto, a glória vindoura da Igreja é certa, porque João viu Jesus vindo com as nuvens em grande glória, e todo olho O verá, quer de justos, quer de ímpios (v. 7).   
Por isso o próprio Senhor se proclama no verso 8, o Alfa e o Ômega (primeira e última letras do alfabeto grego), ou seja, o princípio e o fim de todas as coisas, porque é nEle que tudo subsiste, e mais uma vez é afirmado por Ele ser o Deus Todo-Poderoso que é, que era e que há de vir.
Jesus afirma claramente ser o Deus Todo-Poderoso neste versículo, e há ainda muitos debatendo acerca da divindade de Jesus. Deixem que debatam, enquanto simplesmente creiamos nisto como um fato consumado, porque somente quem fosse divino poderia realizar tão grande obra de salvação, conforme a que Jesus realizou em nosso favor.   
Afinal, de qual outro ser, senão de quem é divino se poderia afirmar as coisas que são referidas nos versos 10 a 20?
Porque João ouviu a Sua voz como de trombeta (v. 10) e de muitas águas (v. 15).  Os olhos como chamas de fogo (v. 14). O rosto como o sol em toda a sua força (v. 16). Tendo em sua mão direita sete estrelas e uma espada afiada de dois gumes saindo de sua boca (v. 16), além de outras características maravilhosas que são destacadas nos versos 10 a 20.
Quem, senão somente o próprio Deus pode receber tais descrições? E, de quem se dizem tais coisas é afirmado ser aquele que vive e que foi morto, mas que está vivo para todo o sempre e tem as chaves da morte e do inferno.
Quem, senão somente Jesus Cristo pode ser Aquele que falou com João tais palavras?
Não restou a João, como não resta a nenhum de nós, senão cairmos prostrados aos Seus pés.
Mas em Seu infinito amor, bondade e misericórdia a nós, Seus servos, Ele nos dirá o mesmo que disse a João quando nos prostrarmos diante dEle:
“Não temas, eu sou o primeiro e o último.” 
Qual anjo, arcanjo, querubim ou serafim pode afirmar ter em seu poder as chaves da morte e do inferno?
Somente Jesus, sendo Deus, pode afirmá-lo, porque de fato recebeu da parte do Pai autoridade para julgar vivos e mortos.     
E também qual anjo, arcanjo, querubim ou serafim pode ter em suas mãos os pastores das igrejas de todas as épocas, conforme representados nas sete estrelas que o Senhor tem em sua mão direita?
Quem tem o poder de estabelecer ou remover os sete candeeiros, que são representativos de todas as igrejas, senão somente o próprio Deus Filho?
Nós não poderíamos fechar o comentário deste primeiro capítulo sem afirmar que João recebeu esta revelação, porque estava em espírito no dia do Senhor, ou seja, ele estava certamente orando em Espírito num dia de domingo quando recebeu as visões, porque coisas espirituais só podem ser recebidas e discernidas, espiritualmente.
Não foi com os olhos naturais da carne que João viu, mas com os olhos do espírito, porque estava em espírito, e foi arrebatado em espírito para poder receber as revelações deste livro (v. 10).
O Senhor disse que a revelação não era somente para João, mas para as sete igrejas da Ásia que são nomeadas no verso 11, as quais representam as igrejas de toda a história do cristianismo conforme já comentamos anteriormente.
Destas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, falaremos pormenorizadamente nos dois capítulos seguintes.
João deveria escrever num livro a revelação recebida, para ser enviada às sete Igrejas, e cremos que não foi enviada apenas a parte relativa a cada igreja, conforme consta nos segundo e terceiro capítulos, mas todo este livro de Apocalipse.
João escreveria em livro aquilo que ouviu como uma voz de trombeta, porque esta mensagem de Apocalipse é um toque de alerta para todas as igrejas de Cristo, para que vejam principalmente aquelas coisas das quais Ele as convoca ao arrependimento, e aquelas coisas contra as quais devem vigiar, especialmente, as muitas tribulações que se intensificarão à medida que o tempo da Sua volta se aproximar. 
   As igrejas são comparadas a castiçais, porque elas exibem a luz de Cristo e do evangelho. Os anjos das igrejas, isto é, seus pastores ou ministros, são comparados a  estrela,s porque devem brilhar como estrelas e não como velas, pois o brilho da luz de Cristo é grande e intenso como o das estrelas, e é esta luz que deve ser refletida por eles. 
A glória com a qual Jesus apareceu a João é a glória que Ele tinha com o Pai antes da fundação do mundo, na qual Ele entrou de novo em Sua posse depois de ter consumado Sua obra de redenção na terra.
Portanto, pastores que tentam apontar às suas ovelhas uma glória que devem alcançar neste mundo, e que se referem à simples conquista de posições e coisas terrenas, que estão destinadas a desaparecer, estão errando completamente o alvo quanto a Cristo e à glória que estão encarregados de pregar, que é celestial e não terrena; que é divina e não humana.  
A João foi exibida a glória que se seguiu aos sofrimentos de Cristo, que é a mesma glória que está reservada para os crentes fiéis, que guardarem até o fim a confiança da sua esperança, que é a de que aquilo que é mortal seja revestido pelo que é imortal; e o que é terreno, pelo que é celestial; e o natural pelo espiritual; conforme a esperança da palavra do evangelho que deve ser pregado em todo o mundo. 

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