“1 Quanto ao mais, irmãos meus, regozijai-vos no Senhor. Não me é penoso a mim escrever-vos as mesmas coisas, e a vós vos dá segurança.
2 Acautelai-vos dos cães; acautelai-vos dos maus obreiros; acautelai-vos da falsa circuncisão.” (Fp.3.1,2)
O apóstolo Paulo disse que o fato de os filipenses se regozijarem no Senhor daria segurança a eles, porque a alegria no Senhor é a nossa força, e nos mantém firmes e seguros na fé, diante dEle.
Estar contente em toda e qualquer situação é fundamental para manter a fé, especialmente nas horas de aflição.
Eles deveriam aprender a estarem contentes em toda e qualquer situação, porque é assim fazendo, que não somos removidos pelas provações e tribulações da nossa firmeza em Cristo.
É a fé que vence o mundo.
É a graça que nos dá força para viver na fé.
Logo, os filipenses deveriam se acautelar contra a pregação dos judaizantes que ainda era muito forte naquela época contra a Igreja de Cristo.
Eles alegavam que tudo quanto uma pessoa necessitava fazer para ser salva era se circuncidar e guardar toda a lei de Moisés.
Eles negavam que alguém pudesse ser salvo e crescer espiritualmente somente pela fé em Cristo, confiando no trabalho da Sua graça.
Eles afirmavam que salvação é segundo o mérito do homem e não segundo o mérito de Cristo, ou seja, que alguém é salvo por guardar as obras da lei, e não pela justiça da fé.
A verdadeira conversão que traz salvação é aquela que é do coração, que transforma o coração de pedra em coração de carne, e não a circuncisão do prepúcio que os judaizantes pregavam, como se vê no verso 2 deste terceiro capítulo de Filipenses.
Paulo alertou também os filipenses a se acautelarem daqueles que ele chamou de cães e de maus obreiros neste mesmo segundo versículo.
Estes eram os falsos profetas vestidos de ovelhas que pregavam um evangelho de facilidades para a Igreja; que barateavam a graça de Cristo e escondiam a ofensa da cruz, com o intuito de serem agradáveis às pessoas.
Na verdade não são ovelhas, mas lobos vorazes, porque destroem a vida espiritual dos crentes com a falsa doutrina deles.
Por isso são chamados de cães, numa associação que Paulo faz deles com lobos vorazes.
Eles não têm verdadeiro interesse no bem estar espiritual do rebanho, senão explorá-lo, segundo o apetite interesseiro deles.
Sempre haverá estes falsos profetas na Igreja, especialmente no tempo do fim, e por isto Jesus nos advertiu para nos guardarmos do ensino e da influência deles.
Paulo passou então a demonstrar, para instrução dos filipenses qual é a essência da verdadeira vida espiritual.
Ele disse que esta consiste em servir a Deus em espírito, porque é possível somente comunicar-se com Deus em espírito e não na alma, não pela confiança na carne conforme faziam aqueles falsos mestres, especialmente os judaizantes, como se vê no verso 3.
Nenhum culto que comece na carne e termine na carne pode agradar a Deus, por mais religioso e reverente que seja, porque o que é nascido da carne é carne, e Deus é espírito e importa sempre que seja adorado em espírito e em verdade.
Este culto em espírito leva o crente a se gloriar em Cristo Jesus, como se afirma no verso 3, porque fora de Cristo e do trabalho da cruz, não pode existir nenhuma verdadeira comunhão com Deus, porque somente Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Sem Ele ninguém pode ir ao Pai.
Então esta comunhão, em espírito com Deus, é promovida na verdade pelo fato do que Cristo fez e faz por nós, e por permanecer em nós.
Sem a Sua presença nada podemos fazer quanto a servir e agradar a Deus.
Paulo mesmo foi um excelente fariseu.
Ele era israelita da tribo de Benjamim, e também circuncidado no prepúcio.
Ele era irrepreensível segundo a lei, no entanto chegou até mesmo a ser perseguidor da Igreja porque lhe faltava este conhecimento pessoal e íntimo de Jesus, como ele afirma nos versos 4 a 6.
Paulo poderia se gloriar no que fez, mas seria uma glória vã, porque seria uma glória no que fizera na carne, e não pelo espírito.
Quando conheceu a Jesus e se converteu de fato, passou a considerar como perda todas estas coisas que lhe pareceriam ser lucro, de maneira que abriu mão de tudo o que havia recebido por tradição religiosa para guardar, para que pudesse ganhar mais de Cristo.
E não somente estas coisas religiosas mas tudo o que possa ser considerado excelente neste mundo ele passou também a considerar como perda para alcançar a excelência do conhecimento de Jesus, como afirma nos versos 6 a 8.
O que o mundo considera elevado Paulo considerava como um refugo, como esterco, para que pudesse ganhar mais a Cristo.
Ele estava desembaraçado de tudo e de todos, para poder servir livre e totalmente ao Seu Senhor.
Vida espiritual é isto! Você está percebendo Igreja?
Então não se deixe enganar pelos falsos mestres e nem mesmo pela sua própria imaginação! Era isto que Paulo estava dizendo aos filipenses.
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O TABERNÁCULO, SÍMBOLO DO CÉU 1. INTRODUÇÃO O Tabernáculo era o centro da vida religiosa dos judeus no deserto e base para o desenvol-vimento espiritual do povo, isto é, ensinando-lhes um meio definido de buscarem a Deus, e nos primeiros séculos após a sua chegada a Canaã até à construção do Templo de Jerusalém. Para nós, hoje, a base para o nosso desenvolvimento espiritual é: a Bíblia, a igreja, Cristo e a vida dos apóstolos. Entre o lugar onde estava situado o Tabernáculo e o acampamento dos israelitas havia uma cerca de linho branco com mais ou menos 2,70 metros de altura, pendurada em pilares. Isso diz respeito à santidade de Deus. Foi erguido no deserto no 1º dia do 1º mês do ...
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