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CONCEITO DE REDENÇÃO - ANTIGO TESTAMENTO

O Livro International Standard Bible Encyclopedia, organizado por James Orr, diz que “a idéia de redenção no Antigo Testamento tem início a partir do conceito de propriedade (Lv.25.26; Rt.4.4)[1]“. Um preço era pago em dinheiro, em conformidade com a Lei, para comprar novamente uma propriedade que necessitasse ser liberta ou resgatada (Nm.3.51; Ne.5.8). E a partir deste uso, o termo no Antigo Testamento foi usado normalmente com um senso de libertação, embora a idéia de pagamente sempre estivesse presente.
Nesse mesmo sentido levantado, Deus é visto como o Redentor de Israel, pois é aquele que provê Libertação para seu povo. Em Dt.9.26 temos uma bela demonstração desse fato: “Ó Soberano Senhor, não destruas o teu povo, tua própria herança! Tu o redimiste com tua grandeza e tiraste da terra do Egito com mão poderosa‘. Como podemos observar, Deus é visto por Moisés como “Aquele que Liberta“. Redenção aquilo é vista exatamente neste sentido, e a história da saída do povo do Egito é a prova definitiva desse fato. Observe:
E quem é como Israel, o teu povo, a única nação da terra que tu, ó Deus,resgatastes para dela fazerdes um povo para ti mesmo, e assim tornaste o teu nome famoso, realizaste grandes maravilhas ao expulsar nações e seus deuses de diante desta mesma nação libertaste do Egito? (2Sm.7.23)
Os dois termos em destaque reportam-se ao mesmo vocábulo hebraico (padâ;cf. abaixo) que traduz o conceito em português para redenção. Portanto, não podemos negar que o conceito de Redenção no Velho Testamento denota o sentido de libertação. Tal ação é comumente vista em benefício do povo de Deus (1Cr.17.21; Is.52.3). A idéia de “Redenção” inclui a libertação de todas as formas de mal (Is.52.9; 63.9; cf. Lc.2.38), ou pragas (Sl.78.35, 52) ou qualquer tipo de calamidade (Gn.48.16Nm.25.4, 9).
O VT também apresenta a figura do homem endividado que poderia hipotecar seus bens para conseguir pagar o que estava devendo. Se porventura, ainda não fosse suficiente ele poderia hipotecar suas forças, suas habilidades como um escravo até que sua dívida fosse paga: “Depois de haver-se vendido, haverá ainda resgate para ele” (Lv.25.48). Um irmão poderia, se tivesse condições, redimi-lo, mas não era o que normalmente acontecia. Outra maneira de redimir esse homem seria se ele herdasse subitamente uma propriedade para então, pagar sua dívida. Contudo, existe ainda outra possibilidade, e essa merece nossa atenção: É a figura do Redentor-Parente. O Redentor-Parente seria alguém com capacidade para remi-lo, e que “se preocupasse suficientemente por ele, a ponto de responsabilizar-se pelas dívidas e as solvesse, então poderia ser libertado[2]“.
O Velho Testamento emprega os seguintes vocábulos para conceitura o que o Latim chamou de “redemptio“, o inglês de “redemption” e o português de “redenção[3]“:

Ga’al

Gn.48.16; Ex. 6.6; 15.13; Lv.25.25ss, 30, 33, 38, 48, 54; 27.13, 15, 19, 27, 31, 33: Nm.5.8; 35.12, 19, 21, 24, 27: Dt.19.6, 12; Js.20.3, 5, 9; Rt.2.20; 3.9, 12; 4.1, 3, 6, 8, 14; 2Sm.14.11; 1Re.16.11; Ed.2.62; Ne.7.64; Jó.3.5; 19.25; Sl.19.15; 69.19; 72.14; 74.2; 77.16; 78.35; 103.4; 106.10; 107.2; 119.154; Pv.23.11Is.35.9; 41.14; 43.1, 14; 44.6, 22; 47.4; 48.17, 20; 49.7, 26; 51.10; 52.3, 9; 54.5, 8; 59.3, 20; 60.16; 62.12; 63.3, 9, 16; Jr.31.11; 50.34; Lm.3.58; 4.14; Dn.1.8; Os.13.14; Mc.4.10; Zc.3.1; Ml.1.7, 12
Segundo o Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, o termo significa basicamente: “Redimir, vingar, resgatar, livrar, cumprir o papel de resgatador[4]“. Este verbete é o verbo denominativo, que dá origem a outros termo, tais como “geûllay” (apenas em Is.63.4 – redenção), “geûlla” (direito de redenção, preço de redenção) e “go’el” (redentor).
O Velho Testamento utilza o termo em quatro situações distintas:
  1. É usada na legislação do Pentateuco para se referir ao resgate de um campo que fora vendido em tempo de necessidade (Lv.25.25), ou o escravo que se vendera em tempos de miséria (Lv.25.48).
  2. Diz respeito a propriedades e animais, que não eram dedicados ao sacrifício ao Senhor ou eram primogênitos de animais impuros (Lv.27.11ss) que poderiam ser resgatados por um homem que pudesse dar algo equivalente em troca, embora o preço do resgate fosse maior, para evitar torças desonestas;
  3. Refere-se, também, ao “Vingador de Sangue“, que era o parente mais próximo de um homem assassinando (Nm.35.12ss). Como nas relações comerciais, era necessário um valor equivalente para que uma propriedade ou escravo fossem resgatados, no caso de vida retirada, com a vida do assassino seria paga. Por esta razão denomina-se tal pessoa de “Vingador de Sangue“. Neste caso, o “redentor” é um executor da pena capital, mas sem culpa para receber mesma punição;
  4. Um outro uso muito comum nos Salmos e nos profetas, é a identificação de Deus como Redentor de Israel. Neste caso, o preço da redenção não é citado, embora a idéia de julgamento sobre os inimigos de Israel seja citado em Is.43.1-3.
Um uso interessante do termo está lançado em Pv.23.10-11: “Não removas os marcos antigos, nem entres nos campos dos órfãos, porque o seu Vingador é forte e lhes pleiteará a causa contra ti“.  Como é evidente pelo uso de letra maiúscula na tradução da ARA, o Vingador referido é Deus. A NVI traz a idéia de “aquele que defende“, de maneira um pouco mais superficial, embora a declaração seja aceitável do ponto de vista léxico. A versão em inglês, a NIV, traz a idéia de defensor, enquanto a KJV traz “Redentor“. Segundo Girdlestone “Deus assume o lugar do redentor-parente e também de Vingador do pobre e necessitado“. Todas as traduções expostas levantam um aspecto do termo “go’el“, sendo que é possível, diante de fartas opções, compreender seu significado. Portanto, o que vemos neste texto é que existe uma combinação de sentidos de “go’el“, que expõe de maneira clara seu significado[5].
O texto clássico sobre a redenção está em Jó.19.25: “Porque eu sei que o meuRedentor vive e por fim se levantará sobre a terra“. Alguns cristãos do passado o assinalaram como uma referência à vinda de Cristo em sua Obra Messiânica, o que seria uma grande colocação. Contudo, considerando o argumento do próprio livro, e a situação de Jó, seria mais correto crer que faça referência a Deus, que, como amigo e parente-resgatador, por meio da fé, por fim redimiria Jó do pó da terra. Por outro lado, não podemos negar que exista uma relação profética neste texto relacionada com a Obra Messiânica realizada por Cristo.

Padâ[6]

Exod. 13:13, 15; 21:8; 34:20; Lev. 19:20; 27:27, 29; Num. 18:15ff; Deut. 7:8; 9:26; 13:5; 15:15; 21:8; 24:18; 1 Sam. 14:45; 2 Sam. 4:9; 7:23; 1 Ki. 1:29; 1 Chr. 17:21; Neh. 1:10; Job 5:20; 6:23; 33:28; Ps. 25:22; 26:11; 31:5; 34:22; 44:26; 49:7, 15; 55:18; 69:18; 71:23; 78:42; 119:134; 130:8; Isa. 1:27; 29:22; 35:10; 51:11; Jer. 15:21; 31:11; Hos. 7:13; 13:14; Mic. 6:4; Zech. 10:8
O Dicionário Internacional de Teologia traz a seguinte colocçaão de termo “padâ”: “O Sentido básico de padâ é o de conseguir a transferência de propriedade de uma pessoa para outra mediante pagamento apropriado de uam quantia ou de um substituto equivalente. A raiz ocorre em assírio como o sentido de ‘poupar’, e em ugarítico é mais usado com o significado de ‘resgatar’. A raiz e seus derivados aparecem 69 vezes no AT[7]“.
O termo em pauta é um dos termos mais significativos para a idéia de Redenção do ponto de vista cristão, porque recebe influências históricas. No Êxodo o termo é utilizado em relação a redenção dos primogênitos de Israel, que são poupados por substituição, enquanto os primogênitos do Egito são mortos (Ex.13.13, 15). Naquela ocasião, Deus livrou a Israel da servidão pelo preço da morte de todos os primogênitos do egito, sejam eles humanos ou animais (Ex.4.23; 12.29). O Termo é também utilizado em relação aos levitas e seus animais, que deveriam ser separados para Deus, em lugar do povo e de seus animais (Nm.3.4ss), que não eram dedicados ao Senhor (Ex.13.11-16; 34.19-20;Nm.18.8-32). “Aquele que era santo para o Senhor, i.e, o primogênito de vaca, ovelha e cabra, não seria resgatado[8]“.
Um texto que merece nossa atenção aqui é Dt.15.15: “Lembrar-te-ás de que fostes servo na terra do Egito e de que o SENHOR, teu Deus, te remiu; pelo que, hoje, isto te ordeno“. Israel também é visto como receptor da libertação proposta e executada por Deus. Portanto, o termo não trata exclusivamente da questão legal ou religiosa do povo de Israel, mas é aplicado à Obra de Deus em relação ao Seu povo. Tal idéia, ainda será exposta em outras épocas.
Em Sm.7.23 vemos uma colocação importantíssima: “Quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem tu, ó Deus, foste resgatar para ser teu povo? E para fazer a ti mesmo um nome e fazer a teu povo estas grandes e tremendas coisas, para a tua terra, diante do teu povo, que tu resgataste do Egito, desterrando as nações e seus deuses“. O reconhecimento sobre o privilégio da nação de Israel é vista historicamente como conseqüência da Redenção de Deus, ou seja, a libertação do povo.
Inclusive, Isaías parece interpretar o chamado de Abraão como um ato remidor da parte de Deus: “Portanto, acerca da casa de Jacó, assim diz o SENHOR,que remiu a Abraão: Jacó já não será envergonhado, nem mais se empalidecerá o seu rosto” (Is29.22). Com a mesma visão, anteviu aquilo que Deus lhe revelara sobro o futuro de Sião: “Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido“. (Is.35.10cf.50.2; 51.11; Zc.10.8).
Como “ga’al”, “padâ” é aplicado a diversas situações, principalmente nos Salmos. Deus é apresentado como aquele que liberta/redime os homens do perigo (Sl.26.11; 31.5; 34.22-23; 44.26; 71.23) ou da mão de opressores (Sl.55.18-19; 69.18-19). Nesse contexto vemos que os Salmos ensinam a insuficiência do homem diante da morte, visto não poder fazer nada perante ela (Sl.49.8-9), mas demonstra que o poder redentor de Deus não está limitado a ela (v.15-16).
O mais interessante no uso deste termo é que uma única vez ele é utilizado em referência ao pecado: “Espere Israel no SENHOR, porque no SENHOR há misericórdia, e nele há abundante redenção. É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades” (Sl.130.7-8).

Kapar

Gen. 6:14; 32:21; Exod. 21:30; 29:33, 36f; 30:10, 12, 15f; 32:30; Lev. 1:4; 4:20, 26, 31, 35; 5:6, 10, 13, 16, 18, 26; 6:23; 7:7; 8:15, 34; 9:7; 10:17; 12:7f; 14:18ff, 29, 31, 53; 15:15, 30; 16:6, 10f, 16ff, 20, 24, 27, 30, 32ff; 17:11; 19:22; 23:28; Num. 5:8; 6:11; 8:12, 19, 21; 15:25, 28; 17:11f; 25:13; 28:22, 30; 29:5; 31:50; 35:31ff; Deut. 21:8; 32:43; 1 Sam. 3:14; 6:18; 12:3; 2 Sam. 21:3; 1 Chr. 6:34; 27:25; 2 Chr. 29:24; 30:18; Neh. 10:34; Job 33:24; 36:18; Ps. 49:8; 65:4; 78:38; 79:9; Prov. 6:35; 13:8; 16:6, 14; 21:18; Cant. 1:14; 4:13; 7:12; Isa. 6:7; 22:14; 27:9; 28:18; 43:3; 47:11; Jer. 18:23; Ezek. 16:63; 43:20, 26; 45:15, 17, 20; Dan. 9:24; Amos 5:12
Este é o verbo denominativo que dá origem a termo como “koper” (resgate, dádiva para obter favor), “kippur” (expiação) e “kapporet” (propiciatório, local da expiação). Embora exista muita discussão sobre a raiz desse termo, alguns comentários devem ser elaborados. Harris, no DITAT, dia que a “raiz kapar é usada cerca de 150 vezes. Tem sido objeto de intensos debates. Existe uma raiz árabe equivalente que significa ‘cobrir’ ou ‘ocultar’[9]“. Girdlestone nos informa que o termo árabe, mencionado pelo DITAT é “kephr”[10], e que o sentido original é de ser coberto ou protegido. Nos diz também que o termo tem 3 usos distintos no sentido original em hebraico:
  • 1. Pode significar um povoado, vila, aldeia (Kapernaum = Cafarnaum = Vila de Naum; cf. 1Cr.27.25; Ct.7.12)
  • 2. Pode referir-se a uma planta (Ct.1.14; 4.13);
  • 3. Pode significar calafetar com betume (Gn.6.14)
O Conceito de “pecado coberto” é normalmente abordado por estudiosos da Teologia Sistemática, tal como Chafer, que diz que “a economia divina com respeito à disposição de tais pecados, representados nos sacrifícios de animais durante o extenso período entre Abel e Cristo, foi a de cobrir, como mostra a raiz hebraica kaphar, traduzida como expiação[11]“. Pouco a frente, ele ainda afirma que o termo em pauta expressa com exatidão divina o conceito de cobrir. O International Standard Bible Encyclopedia complementa, ainda, que o termo significa não apenas cobrir, mas também “cancelar, aplacar, oferecer ou receber uma oferta pelo pecado[12]“. O Holman Bible Dictionary contribui ao afirmar que “kapar” é usado em conceitos e práticas estritamente religiosas. É da palavra “kippur” que se origina “Yom Kippur, dia da expiação, ou o ‘dia de cobrir’, talvez o mais sagrado dos dias santos no Judaísmo. A forma verbal no Velho Testamento sempre é usada com um senso religioso de cobrir o pecado ou efetuar pagamento pelo pecado. Porém, a forma substantiva às vezes é usada no sentido secular de um suborno (Am.5.12) ou resgate (Ex.21.30). Com ‘padâ’, é usado no senso de resgate[13].
De fato, não podemos negar o que a escritura nos ensina sobre a morte expiatória de Cristo (sobre a morte de Cristo ser eficiente aos pecados cometidos antes de sua vinda ver At.17.30; Rm.3.26; Hb.9.15). Segue-se que o termo pode auxiliar na compreensão do conceito de “expiação”, como é visto por todo o velho Testamento. Portanto, concluímos que, apesar da dificuldade de identificação da aplicação do termo para a teologia do Velho Testamento, o termo é utilizado teologicamente como o conceito de “cobrir” os pecados (sobre essa conclusão ver ISBE no tópico “The English Word). Enfim, após algumas consideração etimológicas de aplicação teológica, vamos considerar o que o termo “Kapar” e suas variantes podem auxiliar na compreensão de Redenção no Antigo Testamento.
Em Gn.32.20 vemos um uso interessante do termo “kapar”, pois a ARA traduziu como “aplacar”, a NVI como “apaziguar” e a versão Alfalit Brasil, como “perdoar” (A simples observação deste caso já nos ilustra a dificuldade de se ter um termo definitivo para a tradução conceitual acontecer. Por outro lado, é sempre importante ter em mente que não existe tradução perfeita). O Contexto é a reconciliação entre Jacó e Esaú, e um presente foi enviado adiante de Jacó, pois pensava que fazendo o presente chegar antes dele, seu irmão o perdoaria. O termo é utilizado nesse contexto, e sua aplicação em português é bem vista com qualquer uma das possibilidades ressaltadas pelas diferentes versões bíblicas.
Das Sete ocorrências do termo em Êxodo, seis são utilizadas na ARA como sentido de expiação e uma como “propiciação” (Ex.32.30). Em Levítico a maioria dos casos é traduzido como “expiação”. Em Nm 5.8 vemos outro uso que merece nossa atenção. A ARA traz a seguinte tradução: “Mas, se esse homem não tiver parente chegado, a quem possa fazer restituição pela culpa, então, o que se restitui ao SENHOR pela culpa será do sacerdote, além do carneiro expiatório com que se fizer expiação pelo culpado“. O termo “Kapar” é traduzido pelo termo sublinhado no texto, mas o seu conceito é expresso pela colocação em negrito. Ou seja, o bode expiatório, que era oferecido para morrer, tinha a função de “fazer restituição pela culpa”. Portanto, podemos notar que o sentido mais clássico do termo em relação com a Teologia do Velho Testamento diz respeito a preço pago em favor de um débito. Deve-se lembrar que tal conceito aplica-se, não a dívida financiara, mas religiosas. Note os versos anteriores: “Dize aos filhos de Israel: Quando homem ou mulher cometer algum dos pecados em que caem os homens, ofendendo ao SENHOR, tal pessoa é culpada. Confessará o pecado que cometer; e, pela culpa, fará plena restituição, e lhe acrescentará a sua quinta parte, e dará tudo àquele contra quem se fez culpado” (v.6, 7).
Dos termos do Velho Testamento, o mais significativo em termos religiosos é “kapar”. Sem sombras de dúvidas, o conceito de expiação é inexoravelmente ligado ao pecado. Uma simples abordagem de Levíticos deixará isso mais que evidente. A Idéia de débito acompanhado pelo perdão é claramente observada na literatura vétero-testamentária. Observe a chamada de Isaías: “Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado” (Is.6.7; cf. Nm.15.28Sl.65.3; 78.38; 2Cr.30.18, 19).
Como pudemos ver, a idéia de Redenção exposta no Velho Testamento é concentrada em conceitos concretos e aplicada a práticas civis e religiosas. Entretanto, a idéia de preço adequado pago em função de um débito sempre será bem presente, bem como a idéia de substituição para essa reconstituição. Sobre o assunto, o Holman Bible Dictionary diz que a “doutrina da redenção no Velho Testamento não é derivada do pensamento filosófico abstrato , mas do pensamento concreto hebreu“. E isto foi bem observado em nossa exposição.
MARCUS VINICIUS
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